sábado, 19 de janeiro de 2008

SÉTIMO DIA SEM BIA - por jb vidal


hoje faz sete dias que BIA DE LUNA entregou as moedas para o barqueiro e navega, com mar de almirante, em direção aquele lugar que todos sonhamos, de volta às origens.
nestes dias fui envolvido por um sentimento de perda e de saudades que jamais imaginei fosse senti-los em tal intensidade.
o blog, deixei à disposição da BIA, e parece-me, que soube usa-lo: 238 e-mails, até o momento, de amigos, poetas,conhecidos,desconhecidos, foram encaminhados para o site a partir da comunicação da sua viagem.
BIA amada, no silêncio, agora revelado.
bem que a BIA poderia ter sabido que tantas pessoas a amavam, ainda viva, pensei.
mas, as gentes são assim, amam em silêncio, sentem vergonha (?) de dizer, a não ser bem baixinho, no ouvido e de preferência a sós, no quarto escuro.
passa a idéia de que o amor é perigoso, comprometedor, ofensivo para quem sente.
porque? só os ofendidos podem responder.
BIA não, sabia revelar a quem amava, o seu profundo amor, o seu carinho, para seus companheiros ou para seus amigos e amigas a qualquer hora ou momento, revelava quando sentia. lindo. não tinha medo nem vergonha de amar. por isso sentia com muita força. por isso seus poemas exprimem o que exprimem. por isso as cautelas para com BIA. medrosos, infantis. BIA jamais ofereceu risco a quem quer que fosse. com a palavra os seus companheiros.
mas, sua estampa se impunha, sua presença tornava insignificante o ambiente.
BIA forte. BIA meiga. BIA doce. BIA amarga.
BIAAAAAAAA, sua presença era um grito no infinito.
ah BIA como me arrependo de não ter dito, todos os dias, a você, que te amava (e amo), com o melhor do meu amor, aquele simples, do respeito, do amigo. medroso talvez.
hoje, infeliz, por não ter dito.
pois sofra, sofra jb, quem sabe poderás depurar-te e, assim, conhecer o amor em sua plenitude. obrigado BIA pela lição.

beijo e até,

jb vidal

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