A seita dos templários renasce; agora, capeando Karl Marx, como farsa, ou, como Groucho Marx, uma comédia para quem à seriedade prefere o vaudeville. Não bastasse a depressão em que está mergulhada a esquerda desconexa ‑ que se agarra à burocracia oficial e, no mercado paralelo, à escrivania de uma “revolução ao tempo” ‑está na moda endiabrar Bush, Gordon, Merkel, Sarcozy e toyotistas asiáticos, juntando-se-lhes Uribe e Fernando-Henrique e aproveitar o hiato político nacional não para exigir a República e a democracia social mas para formar uma seita de idiotas que se identificam e comprazem na defesa do protelário Luiz Inácio Lula da Silva e suas políticas do capitalismo social.
Quem os contestar passará ao índex do momento histórico ou empoado livro negro no “hagiológio da história”.
Quanto mais exaltado pela bruxuleante luz socialista de Brasília e alteado na missão de salvar seu “Santo Sepulcro” da revolução política, social e cultural brasileira ‑ onde a revolução econômica (até a reforma real) foi inumada pelo reino das multinacionais e agronegócios “nacionais”, e onde pastejam os felizes mutuários do crédito e bolsistas avulsos, em seu esplendente brejo das almas ‑ os novos templários dividem os créditos de sua militância à esquerda, isto é, pelos lados das massas que fazem o IBOPE de São Sebastião, aquele que pereceu no combate aos hereges ocupantes das terras transmontanas.
A nova ordem dos templários, formada pelo p(i)etismo de São João à base do Apocalipse, dirige sua fúria pentecostal e homicida para aqueles que sabem a que servem realmente essas cruzadas: Por trás do milenarismo exaltado da fé o pedágio do poder estratégico (prático e ideológico, claro!) e o tráfico de especiarias e mensalidades.
Virou grife e paixão apostólica endiabrar os adversários e até os alheios à ordem desse satanismo; basta a dúvida que dirá a suspeita, quanto mais a certeza de que o bom povo está sendo enganado. À atoarda da horda se fundem os gritos dos templários: o Santo Sepulcro estará salvo da revolução dos hereges; até que se convertam todos ao rebanho do Senhor das Moscas. A miséria da política é a desesperança nacional (dos trabalhadores, bem entendido).
domingo, 20 de janeiro de 2008
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