Na primavera tu voltaste de mansinho
finda a tempestade, surgiste na bonança
me conjugando o verbo da esperança
num íntimo gesto de lírico carinho.
Tu foste meu fuzil, o meu canto guerreiro
a voz peregrina acesa no meu peito,
ensina-me a cantar agora de outro jeito
para entoar amor e paz ao mundo inteiro.
Combatente e amordaçada em meu destino
silenciados e por atalhos clandestinos
trinta anos se passaram, dia-a-dia.
Depois a liberdade chegou para o meu povo
mas só agora eu te encontrei de novo
para nunca mais perder-te... ó poesia.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário