segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

burra te amo - poema de jorge barbosa (irajá)

deves sonhar jegues
saltando cerquinhas prá lá pra cá
pelo curral da imaginação,
para que farfalhes tantos
charmes de odor capim.
deves dar com os pensamentos n’água...
ainda que penteies as idéias
conforme a ocasião:
burra te amo!
meu coração é um vasto pasto,
confesso que teu férreo passo
é minha sorte, meu talismã.
ainda mais que acertei no bicho
e na intenção,
nem vou contar-te,
vou contemplar-te com cangalhas,
luas-de-feno e buquês-de-alfafa
na melhor estrebaria da região.
vem cavalgar, no meu vasto...
vasto mundo...
deleitar esporas e chicotes sensuais
zuzurrando e empacando,
amor...

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