sexta-feira, 12 de outubro de 2007

POEMA da INVEJA ( da série RATOS) de nelson padrella

Não se pode roubar a luz do pirilampo
que cada vagalume tem a sua
Que iria um rato fazer com o brilho de outrem
se não iluminar o próprio rabo?

Assim como vitórias são de vencedores
não se pode beber da glória alheia
Se não és capaz de brilhar entre os que ascendem
contenta-te com teu triste destino.

Pois o segredo da vida se resume
em tirar alegria do que é simples
Infeliz de quem, por pura inveja,
sendo rato, sofre em não brilhar qual pirilampo.

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