Alheio ao mundo, atento à palavra.
O homem que organizou a nossa língua era uma pessoa desorganizada. Esta, entre outras características, é realçada pela amiga alagoana Tania de Maya Pedrosa, 73, que sempre hospedava Aurélio Buarque de Holanda e família nas visitas a Alagoas. “Aurélio era desarrumador, desatento, derrubava as coisas. Trancava as portas e não abria direito”, recorda ela, com carinho.
“Todos nós achávamos graça naquele sábio que teve a Marina para orientá-lo. Ele era lindo, bem vestido e tudo mais, mas devido à esposa. Se você o largasse sozinho, ele não ia acertar nada.
Era alheio a tudo e até se perdia no Rio de Janeiro.
Nos banquetes, todo mundo ficava em suspense quando tinha cristal, vendo a hora dele derrubar [risos].
Aurélio só era atento à palavra. Na hora do trabalho, parecia que ele ia para outro planeta”.
jorn. Fernando Coelho/Gazeta de Alagoas.
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Um comentário:
prerrogativa que alguém possui de exigir de outrem a prática ou abstenção de certos atos, ou respeito a situação que lhe aproveitam
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