quinta-feira, 4 de outubro de 2007

AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA - O MESTRE

Alheio ao mundo, atento à palavra.

O homem que organizou a nossa língua era uma pessoa desorganizada. Esta, entre outras características, é realçada pela amiga alagoana Tania de Maya Pedrosa, 73, que sempre hospedava Aurélio Buarque de Holanda e família nas visitas a Alagoas. “Aurélio era desarrumador, desatento, derrubava as coisas. Trancava as portas e não abria direito”, recorda ela, com carinho.
“Todos nós achávamos graça naquele sábio que teve a Marina para orientá-lo. Ele era lindo, bem vestido e tudo mais, mas devido à esposa. Se você o largasse sozinho, ele não ia acertar nada.
Era alheio a tudo e até se perdia no Rio de Janeiro.
Nos banquetes, todo mundo ficava em suspense quando tinha cristal, vendo a hora dele derrubar [risos].
Aurélio só era atento à palavra. Na hora do trabalho, parecia que ele ia para outro planeta”.

jorn. Fernando Coelho/Gazeta de Alagoas.

Um comentário:

Anônimo disse...

prerrogativa que alguém possui de exigir de outrem a prática ou abstenção de certos atos, ou respeito a situação que lhe aproveitam