quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Arroz, Feijão & Philosophia - parte quatro - jairo pereira

Parte quhatro


Afluir, entre as antinomias: identidade e contradição, ser x não-ser, causa e efeito, sujeito x objeto, transcendência e imanência, presença x não-presença, essência e aparência, etc. Segundo: filósofo é de trazer claro no espírito sua visão do mundo e da nathureza como um todo, eis que como sujeito é objeto no social e como objeto é também sujeito que conhece e como pensador, é capaz de interferir na natura das relações, fixando em ato seu pensar das coisas, que não pode ficar meramente no plano do pensamento pelo pensamento, mas traduzir-se em ação, interferência transformadora. Pensar é revolucionar. O pensamento sim, aplicado em ato, um fazer sobre todas as coisas, subverte o real. Filósofo é de ter também finalidade. A mínima possível, por exemplo: mudar o mundo. Filósofo que é filósofo sabe disso. Mudar o mundo é fácil e deve ser feito no todo dia, no almoço com a família. No sofá, quando todos dormem, depois da meia-noite. Nesse horário é melhor, porque pessoas, ah pessoas, essas sempre vão querer evitá-lo nas suas longas preleções. Outra coisa: nunca participar de ideologias coletivas. Ter falsa consciência da realidade, em deliberando sozinho sobre o assento do vaso sanitário. Filósofo é de estar na rua, informadão. Transar com a semiótica. Antropologia. Arte. Poesia. Estar com canais de comunicação abertos. Holístico. Filósofo é de ser fogo. Filósofo é de ser gelo. Tudo deve saber. Com tudo deve interagir. E com nada ao mesmo tempo, retornando à origem, ao instinto primário de contemplação das estrelas. O ímpeto selvagem é que deve levar o filósofo em sua caminhada rumo a alguma coisa que pode ser a revelação da cósmica razão do existir. O conhecimento é um reflexo da nathureza no ser.

Um comentário:

Anônimo disse...

pensamento claro, limpo, verdadeiro


Tania Scorsin