Pitçarada, buchada, churrascada, estrogonoferada, canja de aviário, uiscada, champanhotagem, vinhos bordô, guizado de cobras e lagartos, rãs peladas, camarões ao "bafo", liguiçada (feitas do lixo dos abatedouros), queijo assado, salpicão natalino, ovos de coelho (?), sopa de peixe "espada", coque ô van, fondi neuchatô, e...sei lá mais o quê; chamem do que quizerem a farra gastronômica ocorrida no Senado desta abençoada República do çul do mundo, ocorrida ontem na capital deste território espremido entre o Atlântico e os Andes.
Todo esse festival foi para comemorar a auto-abssolvição do referido poder. É, não era o Renan. Não, eram os senadores fazendo uma "auto-análise" que terminou numa catarse festiva da qual Baco deve ter ficado indignado.
As acusações ao Renam atigiam o senado, dizem eles, e o senado sem eles, os senadores, é o quê? nada, apenas um prédio, vazio, donde se deduz que as acusações eram contra eles, e, aí tinham que salvar-se dessa fogueira redentora. Conchavos. Coxixos. Camas. Mesas.
E nasce a saída para tal imbroglio causado por uma senhora de comportamento republicano que resolveu transar com o poder porque ele é lindo e intocável. Desta relação nasce uma filha, uma denúncia de dinheiro sujo e uma dor profunda naquele calcanhar que derrotou o grande Aquiles. Saída essa que "construiu" a defesa e a acusação para parecer sadio o processo de julgamento do Senado.
Afinal, um poder julgando-se a si próprio.
Nós, os brasileiros, conhecemos de há muito a maioria de suas excelências que lá estão encastelados por obra e graça de grupos econômicos e marginais que nos sugam há uma centena de anos. Dos defensores, conhecemos as razões, dos falsos acusadores, também, por serem as mesmas.
Senhores Senadores, por favor, tenham um mínimo de respeito por nossa mediana inteligência!
Tenham certeza de que não nos enganaram.
Elegem-se e reelegem-se às custas da fome e das promessas mirabolantes que espalham nação a dentro cujo resultado aparece nas urnas como um grito de esperança ainda que seja no mal.
Se o Senado está sangrando como vocês dizem, não importa, é sadia uma transfusão, mas parem de sangrar os cofres do País.
Este povo já não tem mais o que oferecer em holocausto a não ser seu trabalho e suas dores. Apesar de vocês, amanhã será outro dia.
Até.
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