Parto esse pão que outrora foi centeio,
Esse vinho sobre uma árvore estranha
Submersa em seus frutos;
O homem durante o dia ou o vento à noite
Derrubaram as searas e esmagaram a alegria das uvas.
Outrora nesse vinho, o sangue do verão
Pulsava na carne que recobria a videira,
Outrora nesse pão
O centeio era feliz ao vento;
Mas o homem dilacerou o sol e abateu o vento.
Essa carne que despedaças, esse sangue que permites
Trazer desolação às veias
Eram as uvas e o centeio
Nascidos da seiva e de sensuais entranhas;
Meu vinho que bebes, meu pão que abocanhas.
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Um comentário:
Não conhecia o poeta, Gostei muito.
Obrigado pela dica. Vou comprar o livro, mas acho que vcs deveriam continuar postando outros poemas dele.
Obrigado, abraços à equipe.
L. Cordillera
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