domingo, 23 de setembro de 2007

ETERNA MÁGOA - poema - Augusto dos Anjos - env. por L. Krause


O homem por sobre quem caiu a praga
Da tristeza do mundo, o homem que é triste
Para todos os séculos existe
E nunca mais o seu pesar se apaga!

Não crê em nada, pois, nada há que traga
Consolo à Mágoa, a que só ele assiste.
Quer resisitir, e quanto mais resiste
Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga

Sabe que sofre, mas o que não sabe
É que essa mágoa infinda assim, não cabe
Na sua vida, é que essa mágoa infinda

Transpõe a vida do seu corpo inerme;
E quando esse homem se transforma em verme
É essa mágoa que o acompanha ainda!

2 comentários:

Anônimo disse...

Se o homem usasse o principio da reversibilidade, como faz Maya Angelou em "I Know Why the Caged Bird Sings", venceria a si proprio e nao ficaria nessa autocomisera&ao

Anônimo disse...

Sr Augusto dos Anjos:
Se e' que pode me ouvir, conto..........
A semana passada passou como ferro em roupa amarrotada e seca A pressao posta de nada adiantou sobre a pe&a desidratada A inercia do corpo era maior que a for&a e o esfor&o foi em vao Os principios ativos nao surtiram nenhum efeito Tudo ficou como deveria ter ficado De nada adiantou a submissao `as for&as externas A alma tinha saido sem horario para voltar Nem desespero nem calmaria Um estado inerte abobalhado sem nenhuma fun&ao reatora Os olhos viam os ouvidos escutavam O resto estava desconectado O ferro nao estava ligado na tomada Um objeto do outro sem sujeito Neutro Glicerina viscosa, incolor, inodora Soluvel em agua Coisa simples Quando nao queimada em alta temperatura libera vapores toxicos Passada a semana Ultrapassada a pressao errada Restou a impressao do desconexo morbido estado de ser