A Venezuela tem 27 milhões e 500 mil habitantes, PIB de US$ 225 bi; renda per capita de US$ oito mil aa, 0,784 de IDH (74º lugar), taxa de crescimento demográfico = 1,8%. E gasta com a “Defesa” quase 2% do PIB. Ela é ameaçada por quem? Pelos EUA? Ela ameaça quem? Os EUA?
OLD FASHION
Na Venezuela a ditadura é velho sucesso de público&crítica, algo intrínseco a ela. A partir de 1848 -menos de 30 após a independência comandada por Bolívar - ela curtiu quase um século de autoritarismo; o cabo de esquadra Chávez não é exatamente avis rara naquelas bandas tropicais.
OURO...
No final do século XIX, ouro na Guiana Inglesa! A Venezuela ouriçou-se. E quase foi à guerra com “a velha e pérfida Albion”. Ainda a primeira potência mundial à época, como os EUA são a potência hoje. O cabo de esquadra Chávez não é exatamente avis rara naquelas bandas tropicais.
E ÓLEO
No começo do século XX, óleo! Aos borbotões! Não há páreo na América Latina. O país cresce – como direi? – pacas: 8% ao ano durante anos - a 7% aa dobra-se o PIB em uma década.
A CRÔNICA CIRANDA
Em 1945, enfim a democracia. Como aqui. Durou pouco. Menos do que aqui. Em 48 os milicos acabaram com a festa. E ficaram no poder até 1958, quando Pérez Jiménez
foi tirado à fórceps, claro. O cabo de esquadra Chávez
não é exatamente avis rara naquelas bandas tropicais.
A ESTABILIDADE
POLÍTICA
A partir de 59, a estabilidade política, ma non troppo: dois partidos se revezam no poder, a AD, Ação Democrática, e o Copei, social-cristão. Para o quadro ficar mais realista adicione os bandidos-guerrilheiros, os inevitáveis grupelhos esquerdopatas-totalitários, militares nacionalistas-golpistas, o de sempre. O cabo de esquadra Chávez não é exatamente avis rara naquelas bandas tropicais.
ANTES QUE ESQUEÇA
Nesse período foram levados ao ar mantras nacional-desenvolvimentistas, o receituário da Cepal ou Keynes traduzido pro calão: reforma agrária, estatização do petróleo, substituição de importações, industrialização à qualquer custo, o de sempre. No sétimo ano do terceiro milênio da era cristã, a Venezuela ainda depende do petróleo: 80% das exportações!
OLD FASHION
Na Venezuela a ditadura é velho sucesso de público&crítica, algo intrínseco a ela. A partir de 1848 -menos de 30 após a independência comandada por Bolívar - ela curtiu quase um século de autoritarismo; o cabo de esquadra Chávez não é exatamente avis rara naquelas bandas tropicais.
OURO...
No final do século XIX, ouro na Guiana Inglesa! A Venezuela ouriçou-se. E quase foi à guerra com “a velha e pérfida Albion”. Ainda a primeira potência mundial à época, como os EUA são a potência hoje. O cabo de esquadra Chávez não é exatamente avis rara naquelas bandas tropicais.
E ÓLEO
No começo do século XX, óleo! Aos borbotões! Não há páreo na América Latina. O país cresce – como direi? – pacas: 8% ao ano durante anos - a 7% aa dobra-se o PIB em uma década.
A CRÔNICA CIRANDA
Em 1945, enfim a democracia. Como aqui. Durou pouco. Menos do que aqui. Em 48 os milicos acabaram com a festa. E ficaram no poder até 1958, quando Pérez Jiménez
foi tirado à fórceps, claro. O cabo de esquadra Chávez
não é exatamente avis rara naquelas bandas tropicais.
A ESTABILIDADE
POLÍTICA
A partir de 59, a estabilidade política, ma non troppo: dois partidos se revezam no poder, a AD, Ação Democrática, e o Copei, social-cristão. Para o quadro ficar mais realista adicione os bandidos-guerrilheiros, os inevitáveis grupelhos esquerdopatas-totalitários, militares nacionalistas-golpistas, o de sempre. O cabo de esquadra Chávez não é exatamente avis rara naquelas bandas tropicais.
ANTES QUE ESQUEÇA
Nesse período foram levados ao ar mantras nacional-desenvolvimentistas, o receituário da Cepal ou Keynes traduzido pro calão: reforma agrária, estatização do petróleo, substituição de importações, industrialização à qualquer custo, o de sempre. No sétimo ano do terceiro milênio da era cristã, a Venezuela ainda depende do petróleo: 80% das exportações!
RECOMEÇAR
No início da década de 90, milicos atacam de novo, atacam o reeleito Carlos Andrés Pérez, o homem que nacionalizou o óleo.
- Quem está à frente de três tentativas de golpe? Yes! Se você cravou Hugo Chávez Frias ganhou o peru! Ele mesmo, coronel e “nacionalista” – incuráveis lepras terceiromundistas. Hegel tem razão, “a história se repete”;
Marx também, ao acrescentar: “a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. E dizer que o Kamal Ataturk é o avô dessa excrescência!
AGORA
O cabo de esquadra Chávez se elegeu direitinho, assumiu em 1999. De lá pra não tem feito quase outra coisa senão delirar, armar-se, atacar os EUA&Bush, namorar o terror, golpear sucessivamente as instituições liberais-democráticas: a propriedade privada, as empresas privadas, os meios de comunicação, a Justiça, o Legislativo.
UMA LUZ
Felizmente, ontem, domingo, dois de dezembro do ano da graça de 2007, num plebiscito armado para lhe dar plenos poderes, o cabo de esquadra Chávez foi rechaçado.
Os opositores, apesar de tudo, obtiveram vitória que espero seja o início do fim de mais essa triste página da emporcalhada história latino-americana.
IDEÁRIO DE NÃOS (I)
Que não precisa de mais um coronel ou general ou comandante a liderar outra estúpida corrida armamentista.
Que não precisa de mais um falso iluminado ou falso brilhante. Que não precisa de mais um regime policial-militar. Que não precisa de mais um ditador. Que não precisa de mais uma caricatura de ditador. Que não precisa de mais “nacionalismo”, o último refúgio dos canalhas, pois o patriotismo é o último refúgio dos velhacos.
IDEÁRIO DE NÃOS (II)
A América Latina não precisa também de “socialismo”, leia-se estatismo sem aspas, pois esse é o seu resumo e essência. Tudo sob as podres asas do governo, nas mãos dos burocratas civis& militares&partidários&patotas&familias de rapinagem, totalitárias, autoritárias, boçais, cafajestes. A enganar os trouxas com mistificações tipo “propriedade do povo”.
Nada é do povo se tudo é do Estado, do governo.
REPUGNANTE
Ora, o “estado é o mais frio dos monstros frios”. E o mais repugnante também. Quando ultrapassa seus clássicos papéis na segurança&justiça, transforma-se no inimigo público número um, no inimigo número um do público, especialmente dos adidos e mal pagos. E o estado latino-americano é o inimigo por excelência. Erigido e mantido pra tungar adidos e mal pagos na medida em que redobra as declarações de amor aos adidos e mal pagos. Basta e fora.
GRANDE FINAL
A América Latina precisa de educação moral, liberdade(s), capitais. Não de tutela e curatela. A América Latina não precisa de heróis ou palhaços ou demagogos, precisa de estadistas. Que digam ao povo que não há almoço grátis, que não há atalhos, que crescer-desenvolver não é um piquinique. Não há salvação fora do suor, lágrimas, trabalho. Tudo o mais é bobagem, ilusão.
No início da década de 90, milicos atacam de novo, atacam o reeleito Carlos Andrés Pérez, o homem que nacionalizou o óleo.
- Quem está à frente de três tentativas de golpe? Yes! Se você cravou Hugo Chávez Frias ganhou o peru! Ele mesmo, coronel e “nacionalista” – incuráveis lepras terceiromundistas. Hegel tem razão, “a história se repete”;
Marx também, ao acrescentar: “a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. E dizer que o Kamal Ataturk é o avô dessa excrescência!
AGORA
O cabo de esquadra Chávez se elegeu direitinho, assumiu em 1999. De lá pra não tem feito quase outra coisa senão delirar, armar-se, atacar os EUA&Bush, namorar o terror, golpear sucessivamente as instituições liberais-democráticas: a propriedade privada, as empresas privadas, os meios de comunicação, a Justiça, o Legislativo.
UMA LUZ
Felizmente, ontem, domingo, dois de dezembro do ano da graça de 2007, num plebiscito armado para lhe dar plenos poderes, o cabo de esquadra Chávez foi rechaçado.
Os opositores, apesar de tudo, obtiveram vitória que espero seja o início do fim de mais essa triste página da emporcalhada história latino-americana.
IDEÁRIO DE NÃOS (I)
Que não precisa de mais um coronel ou general ou comandante a liderar outra estúpida corrida armamentista.
Que não precisa de mais um falso iluminado ou falso brilhante. Que não precisa de mais um regime policial-militar. Que não precisa de mais um ditador. Que não precisa de mais uma caricatura de ditador. Que não precisa de mais “nacionalismo”, o último refúgio dos canalhas, pois o patriotismo é o último refúgio dos velhacos.
IDEÁRIO DE NÃOS (II)
A América Latina não precisa também de “socialismo”, leia-se estatismo sem aspas, pois esse é o seu resumo e essência. Tudo sob as podres asas do governo, nas mãos dos burocratas civis& militares&partidários&patotas&familias de rapinagem, totalitárias, autoritárias, boçais, cafajestes. A enganar os trouxas com mistificações tipo “propriedade do povo”.
Nada é do povo se tudo é do Estado, do governo.
REPUGNANTE
Ora, o “estado é o mais frio dos monstros frios”. E o mais repugnante também. Quando ultrapassa seus clássicos papéis na segurança&justiça, transforma-se no inimigo público número um, no inimigo número um do público, especialmente dos adidos e mal pagos. E o estado latino-americano é o inimigo por excelência. Erigido e mantido pra tungar adidos e mal pagos na medida em que redobra as declarações de amor aos adidos e mal pagos. Basta e fora.
GRANDE FINAL
A América Latina precisa de educação moral, liberdade(s), capitais. Não de tutela e curatela. A América Latina não precisa de heróis ou palhaços ou demagogos, precisa de estadistas. Que digam ao povo que não há almoço grátis, que não há atalhos, que crescer-desenvolver não é um piquinique. Não há salvação fora do suor, lágrimas, trabalho. Tudo o mais é bobagem, ilusão.
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