segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

APELAÇÃO - poema de altair de oliveira*

Cauteloso, silente e lentamente
faço coisas que sei que Deus duvida
me divido por quatro e sofro um pouco...
fico louco pra tudo se acabarvejo o mundo rodando e penso penso.


E medito no dito por não dito
e me dito meu grito mais imenso
e ensaio o que digo e o que não digo
e desmaio, se corro ou se gargalho
qualquer coisa que afaste do perigo
que mendigue derrota aos inimigos
mas me safe na hora do sufoco.


*poema do livro O Embebedário Diverso editado em 1996.

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