segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

CHIAR(O)SCURO - poema de bárbara lia

Hora suspensa. Horizonte de sangue.
Despediu-se o sol, não brilha a lua.
Barcas estremecem em marés de fogo.
Sinos dobram a Ave-Maria.
O Bem chora a evaporação do dia.
Lágrimas de anjos pela humanidade crua.
Encontro e fuga de almas no ocaso,
Bebendo o sangue solar – poção
De luz para os dias de aço.
Crepúsculo incendiado.
Átimo de esperança: Um Serafim alado,
Flauta de estrelas flana acima de algas e corais.
Toca a música divina estremecendo cristais.
(Jazz, blues, salsa cubana, sinfonia?)
Som azul unindo sangue celeste e marinho.
Serafim, flauta e sol
Evaporam em silêncio de prece.
A branda noite abraça o arrebol.
O eco da flauta aos puros adormece

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