segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

ARRANCADO DE MIM - poema de paulo matos

Arrancado de mim
Como flor que fosse arrancada
Por uma criança ao passar
E antes que a flor percebesse
Já tivesse sido despetalada
Pela criança que soprava
Suas pétalas ao vento
Para acompanhar-lhes o vôo
No encanto mágico de voar
Como essa flor sem pétalas
Estou despido de mim
Perdido ao lembrar como era
E não saber como sou
Sinto medo
Há silencio em mim
Como se não ter respostas
Fosse a resposta
E tudo se tranqüilizasse
Como um mar em súbita calmaria
E o medo fosse embora
E outro medo então
Se apossasse de mim
O medo de não ter coragem
Para encontrar as respostas
Que provavelmente estão aqui
Dentro de mim

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